sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DANÇATERAPIA - DANÇA DO VENTRE




Cheia de Mistério, a dança do ventre atravessou os séculos e milênios, alheia a condição primária em que foi iniciada.

Ninguém sabe precisar onde ou quando surgiu a dança do ventre, alguns historiadores contam relatos de mais de 7.000 anos, de concreto sabe-se apenas que a conhecida dança do ventre hoje deriva das danças ritualisticas realizadas pelas profetizas nos templos egipcios na antiguidade. Com a invasão muçulmana no mundo árabe, a dança passou também a animar grandes solenidades públicas e assim foi levada ao mundo através dos mercadores e viajantes.

A própria Bíblia Cristã, relata um episódio, onde o poderoso rei Heródes enfeitiçado pela dança de Salomé sua enteada, oferece a ela qualquer coisa até metade de seu reino, e ela pede a cabeça do profeta João Batista em uma bandeja. A história é triste, mas nos dá referências sobre a tradição desta dança que era passada de mãe para filha como uma iniciação.

Na dança do ventre, como o próprio nome já diz, trabalhamos o ventre em desenhos de oito para direções diversas, trazendo um benefício especial para a musculatura pélvica e abdominal, conferindo à praticante curvas femininas e unicamente definidas.


Mas não pense você que a dança do ventre trabalha somente esta região, na dança do ventre trabalha-se desde a ponta do pé até o ultimo fio de cabelo, é isso mesmo, até o cabelo é destacado em uma coreografia de dança do ventre.

A dança do ventre também trabalha o emocional e psicológico da praticante, ela leva a dançarina a um estado de bem estar físico, elevando a auto-estima, trazendo a tona a beleza interior que toda mulher tem e que por algum motivo ficou escondida para agradar a preconceitos temporais, crenças ou até por traumas violentos de agressões morais ou físicas.

São usados muitos acessórios e detalhes na dança, os mais conhecidos são: véus, snujs, punhais, espadas, jarros e candelabros, mas a dança vem se modernizando com o tempo e novos instrumentos estão sendo inceridos para enriquecer e aumentar ainda mais a beleza e o brilho da dança, como é o caso dos wings.

Esta dança que teve seus movimentos baseados no movimento dos animais, como camelo e serpente, também recebeu influência dos elementos água, terra, fogo e ar e suas coreografias são criadas em músicas de origem árabe ou não, e obedecem a diversos ritmos cada um derivado de uma localidade, e para cada um tipo de roupa diferenciada.

As vestimentas mais conhecidas são as de duas peças, um bustiê ricamente decorado com pedras, lantejoulas pedaços de tecidos etc, um cinturão ornado da mesma forma e uma saia que pode ser justa ou larga, com tecidos recortados ou transparentes. Algumas danças folclóricas como o Dabke e o Haligi pedem roupas adequadas, dado sua origem de localidades extremamente rígidas quanto a vestimenta das mulheres, na primeira, usa-se um vestido que pode ser justo como a um de festa também muito bordado e enriquecido de adornos. Para a segunda usa-se uma bata muito larga e comprida chamada Galabia, oque ajuda na evolução dos movimentos que lembram desenhos de camponesas em agradecimento a colheita e a natureza.

Na terapia a dança do ventre ajuda a recuperar a auto-estima e trazer de volta a feminilidade, ajuda nos processos respiratórios, na postura, na coordenação motora e equilíbrio.

Existem relatos de mulheres que após iniciarem a dança do ventre conseguiram engravidar depois de diagnósticos de impossibilidade. Que fique claro que a dança do ventre não produz nenhum milagre, mas de alguma forma inexplicável em alguns casos ela conversa com o corpo de forma a produzir naturalmente que ele não estava produzindo. Mulheres que sentem cólicas menstruais ou são vitimas de choques neste período a chamada T.P.M. também relatam resultados positivos, diminuindo as dores de cabeça e a ansiedade. Para mulheres que já chegaram a menopausa ela age como repositor de alguns hormônios pois estimula a glândula tiróide acelerando o metabolismo do corpo, trazendo benefícios quanto aos calores, e ansiedades naturais desta fase, além da já citada volta da auto-estima e auto-confiança.


(CONFERIDO E ORIENTADO PELA PROFESSORA DE DANÇA DO VENTRE HANA HASSANI DAS ESCOLAS LUXXOR) GRATIDÃO QUERIDA

NAMASTÊ

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